Entrei na humilde choupana cambaleando pelo peso da mala. Lá, pequenos candeeiros suportavam as chamas tremulantes que tinham o dobro do tamanho de suas bases. O ar tinha um leve aroma de azeite e alecrim, além do cheiro natural da palha que recobria o teto. No chão de terra batida, longe da porta no canto à minha esquerda, uma tigela grande de água vez ou outra borbulhava. Naquele cômodo, um velhinho baixinho, de pele negra, barbas brancas e orelhas grandes abraçava Pedro, parecendo revê-lo depois de um longo tempo. No chão ao centro, quatro esteiras, uma grande e quadrada ao centro rodeada por uma menor mais distante, uma maior e retangular a esquerda na minha visão e uma menor, mais próxima a mim faziam uma espécie de chão posto para uma refeição. Sobre a esteira quadrada, uma cesta de palha com pães parecidos com pão sírio, um pote pequeno e branco de pedra, uma jarra grande de cerâmica e quatro canequinhas.
– Deixe a mala ao lado da tigela e sente-se. Você está horrível! – me disse o velhinho baixinho, que se sentava sobre a esteira menor mais distante de mim após cumprimentar Pedro. Pegou um dos pães sírios da cesta à sua frente, molhou-o no pote de pedra que continha um creme verde e, comendo, continuou: – Você é mais alto que Pala! Sua raça é muito alta. Não há homens tão altos assim em Pumya. Qual seu nome?
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